Revolução de 1842
Em meados de 1842 a região de Lagoa Santa foi palco de combates da Revolução Liberal. Nos dias de 4 e 5 de Agosto de 1842, no arraial de Lagoa Santa, a força insurgente liberal, resistiu tenazmente ao ataque dos legalistas que, apesar da vantagem numérica e de equipamentos, viram seu comandante Coronel Pacheco ser ferido ao início da batalha. Registros ainda revelam o movimento na cidade de Lagoa Santa “(…)a população apoiava abertamente os rebeldes, ajudando a distribuição de munição, durante as pelejas(…)”. Após o ocorrido, em 6 de Agosto, o destacamento que tinha resistido tão bravamente no Arraial de Lagoa Santa se viu obrigado a se dispersar, em função da falta de provisões e reforços. Posteriormente, em 20 de agosto, após a derrota dos liberais na batalha de Santa Luzia, parte das tropas insurgentes se retiram tomando o caminho de Lagoa Santa, o que mostra o engajamento da população na causa liberal. A batalha na região do município se deu a partir dos subúrbios, quintais e, notadamente, na Mata das Jangadas, então nas proximidades da Lagoa Central.
Atualmente esse topônimo caiu no esquecimento, assim como não há, em virtude do crescimento ocorrido no século XIX, XX e XXI e da ocupação das margens da Lagoa Central, a Mata da Jangada. A reminiscência que ainda se mantém dessa mata que foi palco da valentia e empedernida resistência das falanges liberais em 1842 é o pequeno espaço arborizado contíguo à Lagoa, denominado de “Horto”, ainda que sua vegetação atual não seja remanescente da antiga Mata, sendo fruto de plantio posterior, já no século XX.
Nesse sentido, a recuperação e valorização desse espaço geográfico situado na região central da cidade como um marco importante da história de Lagoa Santa e, também, da Revolução Liberal de 1842, é de suma importância, seja do ponto de vista histórico ou turístico.